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Mostrando postagens de agosto, 2021

Um novo capítulo profissional

 Hoje 31 de agosto de 2021 inauguro um novo capítulo na minha vida profissional. Sempre quis ser reconhecida, ser referência em algo, mas até então o mundo foi me levando para linha generalista e lá foi confortável de estar.  No entanto, não é de hoje que um incomodo cresce dentro de mim: a ausência de desafios. Por essa razão, a partir de hoje começo a escrever sobre meus achismos legislativos.  Será uma conversa sobre meus achados e de outros (nada se cria, tudo se copia) sobre o poder público, processo legislativo e outras besteiras que apenas eu dou atenção. 

Dia 8

Nunca imaginei que fosse possível ficar tanto tempo sem respirar. Oito dias para ser mais precisa. O motivo da minha apneia é o soco no estômago que levei (e sigo levando) quando soube que minha vó estava no hospital.  Podia ser nada demais, eu podia ter confiado numa faísca de otimismo que surgiu por um breve instante. Mas já era tarde, a angustia havia sido plantada em mim. E por definição angustia é não saber. É o eterno "e se". É sentir um peso dentro do peito que se expande a cada milésimo de segundo que passa sem respostas, sem saber quando vou vê-la novamente ou se o último beijo que a dei foi naquela sexta-feira que meu coração mandou ir até lá. Será que era uma despedida? Eu lembro bem que voltei para dar um segundo beijo porque não me lembrava se havia feito pela primeira vez antes de ir.  E se eu tivesse dito sim quando meu sogro perguntou se iria visitar minha avó naquele domingo em que ela caiu desmaiada sem ar? Será que conseguiria levar ela ao hospital antes? O

Conexões invisíveis

 24 de agosto de 2021 Sempre achei esquisitíssimo que uma boa lembrança minha sempre esteve como trilha de fundo uma música triste qualquer.  Pensando bem, não é tão inusitado assim, afinal, alguém que ouve The Smiths durante um pedal intenso já está acostumada com a melancolia.  A questão que nos últimos tempos, durante os dias sozinha, tenho ouvido muito mais meus pensamentos e, sinceramente, seria bom ter um pouco de trilha sonora para aliviar as obscenidades que passam por aqui.  No momento em que eu refletia como sete anos passaram de formas diferentes para mim e para minha vó que aos 58 estava saindo, dançando, curtindo quando alguns dos seus netos já pensavam em ir para casa. Nesse momento ela estava perdendo as forças sozinha.  Eu tendo a construir para mim que tenho capacidade de me conectar com as pessoas que amo em níveis invisíveis. Talvez foi isso que aconteceu.  Ontem eu passei a falar com alguém que há muito não sabia mais sequer como falar. E fiz uso da tal conexão invi